Como potenciar o orgasmo
Conhecer aquilo que a separa do seu companheiro (e vice-versa) pode, na verdade, aproximar-vos. Saiba como
As diferenças entre homens e mulheres no que respeita ao sexo existem e são grandes.
As conclusões dos últimos estudos realizados sobre as especificidades da sexualidade feminina e masculina podem explicar muitas reacções que você e o seu parceiro revelam neste campo.
Mas tenha em conta que, para além de condicionantes biológicas, culturais e sociais, existem factores individuais que interferem na (sua) sexualidade. Por isso, leia o que se segue, partilhe-o com o seu companheiro, analisem até que ponto as descobertas da ciência se enquadram na vossa sexualidade e depois usem, com frequência, o mais indispensável instrumento da relação: o diálogo.
A seleção
As diferenças entre os sexos começam no flirt. 70 por cento dos sinais de sedução são emitidos pelas mulheres. E há uma explicação darwinista para este facto, como aponta Lidia Weber, psicóloga:
«É a mulher quem define o parceiro adequado para a sua prole. Ela investe muito mais num relacionamento: produz cerca de 400 óvulos e homem 12 milhões de espermatozóides, logo o óvulo é um produto mais caro! E o investimento não termina aí», sublinha.
«Ainda tem três ou quatro anos de investimento, entre gestação, lactação e cuidados com a criança. A gravidez tem um custo muito maior para ela, portanto a escolha tem de ser mais cuidadosa». E complexa, insiste.
Sexo cerebral
O desejo, a excitação e o orgasmo femininos e masculinos encontram como primeira condicionante a biologia. Louann Brizendine, neuropsiquiatra, explica na obra «O Cérebro Feminino» que «os centros cerebrais masculinos dedicados à sexualidade são duas vezes maiores do que as estruturas correspondentes no cérebro feminino».
«Em média, os homens têm entre dez e 100 vezes mais testosterona (o combustível que alimenta o mecanismo sexual do cérebro) do que as mulheres», acrescenta ainda. Para além disso, o desejo sexual feminino é influenciado por oscilações hormonais mensais.
E, curiosamente, refere a especialista, precisamos de um passo neurológico extra para sentirmos prazer e alcançarmos o orgasmo: o desligar da amígdala (o mecanismo da ansiedade e medo). O pior é que este processo é frágil e pode ser facilmente interrompido por termos tido um dia stressante ou estarmos preocupadas com a reunião do dia seguinte.
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